quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Reciclagem


Biografia! Michelangelo!


MICHELANGELO

Pietá


Michelangelo (Michel Ângelo) di Lodovico Buonarroti, nasceu em Caprese – Florentina/Itália em 1475. Descendia de uma família tradicional de Florença: os Buonarroti. Contra a vontade do pai entrou para o ateliê de Domenico Ghirlandaio e tornou-se discípulo do escultor Bertoldo di Diovani, na academia que funcionava nos jardins do Príncipe Lourenço de Médice.

Como escultor Michelangelo sempre recorreu a duas fontes: Donatello e a Antiguidade. Mas foi um curso de dissecação de cadáveres que desenvolveu nele o profundo conhecimento de anatomia humana, que transportaria tanto para o mármore quanto para as telas.

Mesmo como pintor interessou-se apenas pelas formas do corpo, criando imagens com relevo muito acentuado, como se fossem esculturas. As qualidades de suas telas são a razão, a simetria, a proporção, a solidez, a energia e o movimento. Um exemplo famoso é a Sagrada Família – 1503.

Michelangelo foi pintor, poeta, arquiteto e sobretudo escultor. Seu prestígio permitiu-lhe renunciar honrarias e títulos. Desprezou a amizade de príncipes e papas – mesmo assim todos o chamavam de ‘divino’. Nunca se contentou em conceber uma idéia e deixar para outros a execução.

Dedicou todo seu tempo à arte, com fúria e sempre angustiado e solitário. Não admitia ser interrogado e respondia sempre com sarcasmo e arrogância, consciente do próprio talento.

SONO 1937



Dalí recriou o tipo de cabeça grande e mole e o corpo inexistente que aparecia com tanta frequência nos seus quadros por volta de 1929. Sono e sonhos são, por excelência, o domínio do inconsciente e portanto de especial interesse para a psicanalistas e surrealistas.

A personificação do sono, está adequadamente perturbado e é necessariamente uma quantidade extraordinária de muletas para apoiar a cabeça e posicionar exatamente cada um dos traços. Muletas sempre foram a marca registrada de Dalí, sugerindo a fragilidade das escoras em que a realidade se apoia, mas aqui nada parece estável e até o cachorro precisa ser sustentado. Tudo, nesse quadro, exceto a cabeça está banhado por uma luz pálida azulada, completamente a ideia de alienação do mundo, da luz e da racionalidade.

O GRANDE PARANÓICO
1936



Uma das imagens duplas mais surpreendentes de Dalí, foi pintada depois de uma discussão do artista com um colega, José Maria Sert, sobre o trabalho do famoso pintor milanês do século 16, Giuseppe Arcimboldi, famoso por seus retratos cujos temas eram compostos totalmente de objetos relacionados (frutas, por ex. ou armas). No mesmo estilo, mas com resultados mais dinâmicos o Paranóico Sorridente de Dalí se dissolve em uma cena turbulenta em que homens e mulheres assumem atitudes de tristeza ou desânimo.

À direita, contrastando, um grupo de figuras exaustas parece estar tentando arrastar um barco sobre a areia, talvez representando um delírio que fervilha na mente do Grande Paranóico.

Obras de Salvador Dalí

Crônicas do dia

O Foda-se de Millôr Fernandes
 
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de foda-se! que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se!? O foda-se! aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Me liberta. Não quer sair comigo?
Então foda-se!. Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo? Então foda-se!. O direito ao foda-se! deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
Prá caralho, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que Prá caralho? Prá caralho tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas prá caralho, o Sol é quente prá caralho, o universo é antigo prá caralho, eu gosto de cerveja prá caralho, entende? No gênero do Prá caralho, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso Nem fodendo!. O Não, não e não! e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade Não, absolutamente não! o substituem.
O Nem fodendo é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral?
Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo Marquinhos presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio.
Por sua vez, o porra nenhuma! atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um PHD porra nenhuma!, ou ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!. O porra nenhuma, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos aspone, chepone, repone e mais recentemente, o prepone - presidente de porra nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos. / Pense na sonoridade de um Puta-que-pariu!, ou seu correlato Puta-que-o-pariu!, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer puta-que-o-pariu! dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso vai tomar no cu!? E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus uando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!.
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. /
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? Fodeu de vez!.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se ...

Salvador Dali, gênio!




Um pouco aqui, de Salvador Dali!

Um pensamento


O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.
José Saramago

A certeza da vida


Muita gente acha que na vida, as coisas são só repetição,
Que tudo é a mesma coisa sempre,
Mas são fechadas pra tudo, nunca se dão por ninguém.
Seu coração é pequeno, e de amarguras também,

Querem que o mundo lhes ame, mas nem sorri pra ninguém,
Nunca ajudam a si, e nem aos outros, porém,
Querem que Deus se apresente, mas nunca amam, e vivem sem,
Sem amizades, sem amor, sem sensações, num além,

Mas o que quero que vejas que a vida, é muito boa,
Comida não vives sem,
Tens muita gente que a ama,
Que querem que você estejas muito bem.

Que tua falta de expor o que sentes,
Machuca as pessoas também,
Que é melhor ter coragem, para enfrentar este mundo,
Que é melhor amar muito,
Que é maior nosso Deus,
Que é melhor nossa vida,
Do que não ter vida mais,
Somos felizes unidos,
Nossa vida é cheia de paz,
Não compreendendo o teu sentir,
Fico chateado pelo ódio te consumir,
Pra você nada faz bem,
Pra você acho que nada faz bem,
Tem tanta gente que nada tem,
e pra você nada faze bem!

William Rafael Gonzales Barbosa!

Espaço Curvo e Finito


Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui. 
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.

José Saramago